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CHAVES, Trás-os-Montes, Portugal
Sou aquela que vez, que julgas, que chamas, que ouves (por muito que às vezes te custe),que te compreende e repreende quando necessário, que te intimida e também te alenta, te conforta, te reanima, te respalda a alma, aquela que te ama, te sorri, aquela que te ressurge todos os dias e te diz: "continua a viver"... Para todos aqueles que se acham merecedores...

terça-feira, março 22, 2011

Como será que os cegos vêm???

Não poucas vezes, sou confrontado com considerações auto-depreciativas relativas à beleza de membros do sexo oposto… “Tenho muito disto…Tenho pouco daquilo…”.
Obviamente que contrario quase sempre estas considerações, que talvez com algum fundo de verdade, acho que são feitas não porque aquilo de que falam realmente lhes faz falta, mas porque viram aquilo noutro corpo, comparam e decidem a partir daí… É um bocado preocupante isto acontecer, porque pode resvalar para a baixa auto-estima e pensamentos negativos relativos a algo tão fugaz como é a beleza, e penso: “Se isto é assim agora, fará quando forem velhas…”. Não que a beleza não seja algo importante, é obvio que é a primeira coisa que se vê, e tudo o resto só vem completar aquela 1ª impressão, mas quando se intromete no bem-estar, a coisa começa a dar que pensar. Até que ponto isto é legítimo? É verdade que quem vê caras não vê corações, mas quando estamos em forma, com um corpito mais jeitoso também sorrimos mais facilmente, por isso, se permite melhorar a nossa auto-estima talvez se deva perdoar os momentos em que a piora… Será?? Talvez o comentário mais curioso que ouvi foi: “ tenho o corpo de uma rapariga de 16 anos” (obviamente ela era mais velha). Percebi o que queria dizer, e uma variedade de argumentos para rebater o lado negativo que estava por trás do comentário… havia a variedade “há pelo menos um que gosta e se calhar não o trocava por outro…” que acho muito engraçado e bem-disposto, ou a variedade “qual quê… já vi bem pior” e se necessário elaborar a partir daí… Mas depois de pensar um pouco nisso, apercebi-me que algumas das raparigas mais talentosas e chamativas que eu já vi também partilham da mesma característica. Só faltava o “corpo adulto” para chegarem à perfeição… e não é o caso de serem repulsivas nem nada que se pareça… apenas não entram naquele ideal ou estereótipo que está estabelecido. Não têm 1.70m, corpo de modelo e por aí fora, mas têm aquele “je ne sais qoui” que faz com que se olhe duas vezes para elas… como diria o Principezinho “cativam”. Claro que se pode sempre dizer que é uma desculpa e tal…se estivessem ao lado de uma com “tudo aquilo” eram postas de parte e por aí fora, mas se olharmos para o actual mundo das modelos vemos que não é assim tão linear. As melhores não são as mais perfeitas nem as mais bonitas e simétricas. Num mundo onde a beleza está em todo o lado para onde se olha e toda a gente a tem, aquilo que se destaca são as particularidades que cada uma tem e que a tornam única. Seja um sinal, um nariz “diferente”, um aspecto mais exótico e diferente, é isto que faz com que não só chamem o olhar, mas também fiquem na memória. E isto para não falar naquelas pessoas que conseguem prender o olhar só com a confiança e o ar que transmitem. Podem não ter traços bem definidos, nem serem portadores de um corpo jovem, mas ficamos a olhar, admiramos e até invejamos por vezes…
Talvez o mais curioso seja o facto de a beleza estar nos olhos de quem a vê. E é verdade que atraímos pelo que mostramos, mas cativamos e apaixonamos por quem somos… Resta escolher o que é mais importante

By Mr. M

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