About me

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CHAVES, Trás-os-Montes, Portugal
Sou aquela que vez, que julgas, que chamas, que ouves (por muito que às vezes te custe),que te compreende e repreende quando necessário, que te intimida e também te alenta, te conforta, te reanima, te respalda a alma, aquela que te ama, te sorri, aquela que te ressurge todos os dias e te diz: "continua a viver"... Para todos aqueles que se acham merecedores...

domingo, dezembro 11, 2011

Árvore de Natal

Quisera Senhor, neste Natal, armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar em vez de presentes, os nomes de todos os meus amigos. Os amigos de longe e de perto. Os antigos e os mais recentes. Os que vejo a cada dia e os que raramente encontro. Os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos. Os constantes e os intermitentes. Os das horas difíceis e os das horas alegres, os que sem querer, eu magoei, ou, sem querer me magoaram. Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles de quem não me são conhecidos , a não ser as aparências. Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo. Meus amigos humildes a meus amigos importantes. Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida. Uma árvore de muitas raízes muito profundas para que seus nomes nunca mais sejam arrancados do meu coração. De ramos muito extensos, para que novos nomes vindos de todas as partes, venham juntar-se aos existentes. De sombras muito agradáveis para que nossa amizade, seja um aumento de repouso nas lutas da vida. Que o natal esteja vivo dentro de nós em cada dia do ano que se inicia, para que possamos viver sempre o amor e a fraternidade.

sexta-feira, novembro 04, 2011

Oportunidade

"O dia de amanhã ninguém o usou... pode ser seu" - Pagano Sobrinho - Humorista


quarta-feira, setembro 07, 2011

Coldplay - The Scientist

Caminho Sozinha!


Caminho sozinha!
Desta vez sem ti... Sempre a lutar... E depois de tudo percebi que nunca estiveste comigo... Nunca te revelaste e entregaste totalmente! Nunca te entendi!
Dizes que me iludo com as coisas facilmente...
Talvez isso seja verdade, talvez não!
Mas afinal: Aqui quem mente?

Eu sempre soube o que quero...
Sempre te conheci
Mas afinal: Qual foi o erro aqui?

Andar aos círculos não é saudável para ninguém e foi por isso que terminou. Estou cansada da tua indecisão, do teu querer e não querer. Depois de tanto tempo as coisas deveriam estar mais definidas.

"Dizem que há três coisas que não voltam atrás: a flecha atirada, a palavra dita e as oportunidades". Talvez tivéssemos perdido a oportunidade de sermos felizes juntos (talvez não... só o destino dirá) mas não foi por não te amar... Amar, amo-te demais... Gosto muito de ti... Mas também gosto de mim...


quarta-feira, março 30, 2011

Sem Crer!



Estou aqui!
Sem crer,
Em coisa alguma!

Dentro de minh'alma não vejo nenhuma
Idéia, sem ser as que outrora tive.

Ai, quem me dera entender
Aquilo que já vivi...
Pois, sem isso...
O que seria de mim,
O que seria de ti?

Vivências passadas me fizeram crer, que não se deve querer!
Não vale a pena tentar perceber
O ninguém nunca percebeu!

Pois, "o que não tem remédio, remediado está"!
Dizem que o tempo tudo cura, quiçá!
O mundo dá muitas voltas,
Tantas voltas o mundo dá,
E é nessas tantas voltas,
Que a tua vida se tecer-se-á!

terça-feira, março 22, 2011

Como será que os cegos vêm???

Não poucas vezes, sou confrontado com considerações auto-depreciativas relativas à beleza de membros do sexo oposto… “Tenho muito disto…Tenho pouco daquilo…”.
Obviamente que contrario quase sempre estas considerações, que talvez com algum fundo de verdade, acho que são feitas não porque aquilo de que falam realmente lhes faz falta, mas porque viram aquilo noutro corpo, comparam e decidem a partir daí… É um bocado preocupante isto acontecer, porque pode resvalar para a baixa auto-estima e pensamentos negativos relativos a algo tão fugaz como é a beleza, e penso: “Se isto é assim agora, fará quando forem velhas…”. Não que a beleza não seja algo importante, é obvio que é a primeira coisa que se vê, e tudo o resto só vem completar aquela 1ª impressão, mas quando se intromete no bem-estar, a coisa começa a dar que pensar. Até que ponto isto é legítimo? É verdade que quem vê caras não vê corações, mas quando estamos em forma, com um corpito mais jeitoso também sorrimos mais facilmente, por isso, se permite melhorar a nossa auto-estima talvez se deva perdoar os momentos em que a piora… Será?? Talvez o comentário mais curioso que ouvi foi: “ tenho o corpo de uma rapariga de 16 anos” (obviamente ela era mais velha). Percebi o que queria dizer, e uma variedade de argumentos para rebater o lado negativo que estava por trás do comentário… havia a variedade “há pelo menos um que gosta e se calhar não o trocava por outro…” que acho muito engraçado e bem-disposto, ou a variedade “qual quê… já vi bem pior” e se necessário elaborar a partir daí… Mas depois de pensar um pouco nisso, apercebi-me que algumas das raparigas mais talentosas e chamativas que eu já vi também partilham da mesma característica. Só faltava o “corpo adulto” para chegarem à perfeição… e não é o caso de serem repulsivas nem nada que se pareça… apenas não entram naquele ideal ou estereótipo que está estabelecido. Não têm 1.70m, corpo de modelo e por aí fora, mas têm aquele “je ne sais qoui” que faz com que se olhe duas vezes para elas… como diria o Principezinho “cativam”. Claro que se pode sempre dizer que é uma desculpa e tal…se estivessem ao lado de uma com “tudo aquilo” eram postas de parte e por aí fora, mas se olharmos para o actual mundo das modelos vemos que não é assim tão linear. As melhores não são as mais perfeitas nem as mais bonitas e simétricas. Num mundo onde a beleza está em todo o lado para onde se olha e toda a gente a tem, aquilo que se destaca são as particularidades que cada uma tem e que a tornam única. Seja um sinal, um nariz “diferente”, um aspecto mais exótico e diferente, é isto que faz com que não só chamem o olhar, mas também fiquem na memória. E isto para não falar naquelas pessoas que conseguem prender o olhar só com a confiança e o ar que transmitem. Podem não ter traços bem definidos, nem serem portadores de um corpo jovem, mas ficamos a olhar, admiramos e até invejamos por vezes…
Talvez o mais curioso seja o facto de a beleza estar nos olhos de quem a vê. E é verdade que atraímos pelo que mostramos, mas cativamos e apaixonamos por quem somos… Resta escolher o que é mais importante

By Mr. M

Frases Lindas e Marcantes

segunda-feira, março 21, 2011

O caminho da Felicidade…


Recentemente dei por mim a tentar definir algo que sentia. Não sei se era justificável ou não sentir-me assim, mas como era a realidade não havia volta a dar… Felizmente ainda estava relativamente fresco na minha memória um filme que vi em que explicava de uma maneira simplista mas eficaz o que eu queria. Dizia: “é como quando te convidam para uma festa, e tu não vais… ninguém se importa…”. Pode não parecer grande definição, pelo menos não será essa que se encontra no dicionário, mas quem já passou por isso sabe bem o que é… e também sabe o que deriva daí… Acontecer uma vez ou duas é algo normal e não levanta grandes pensamentos sobre o tema, mas quando nos familiarizamos com isso, começa-se a pensar no porquê, e a entrar noutros “reinos de pensamento” que também merecem a nossa atenção. Porque a vida profissional e o mundo material não é tudo na nossa vida, começamos a pensar no que queremos da nossa vida no campo pessoal, e quando fazemos aquela sobreposição de experiências reparamos que aquilo que queremos realmente é importar para alguém… sentir que alguém sente a nossa falta e pensa em nós quando não estamos lá. Isto é tudo muito bonito, mas não é por chegar aí que as coisas se resolvem. Tal como o mundo tem muitos cantinhos, e cada pessoa é um mundo por si só, também nos vão aparecer, na nossa busca, mil e uma respostas. E nem a última das mil e uma é aquela que nós realmente queremos… É chato chegar a estas conclusões, e muito “cor-de-rosa” pensar que mais cedo ou mais tarde chegamos lá, basta mudar isto ou aquilo, pensar de maneira um pouco diferente, um ajuste ou dois e finalmente haverá uma pobre alma que nos vai preencher o vazio. Eu pessoalmente não sei se será bem assim… e mesmo que seja, será que algo que começa com coisas “alteradas” e feita de maneira “ligeiramente diferente” vai resultar, e ser aquilo que realmente procuramos? Há já muitos anos que essa linha de acção me veio á cabeça. Na altura ainda era um jovem teenager que se chateava quando não apareciam aos encontros, e após ver outros tipos serem bem sucedidos onde eu falhava pensei para mim, “bem se quero daquilo tenho k ser como eles…” e fiquei com duas opções: ou me tornava num “banana” como eles, ou ficava como era, feliz com o que fazia, de bem com a minha consciência e enfrentava as consequências. Não tendo um harém, não é difícil adivinhar qual foi a minha escolha… Embora já tenha passado há muito tempo, essa experiência levanta uma questão interessante… É claro que ninguém com o mínimo de consciência diz que é perfeito e não precisa de mudar, mas será que é, ou deveria ser, um requisito para ser feliz (pelo menos “daquela” maneira)? Acho que a resposta é: Se não estás contente a ser como és, vais ter de mudar. Hum… escolha curiosa… uma vez mais…

by Mr. M

Ouvindo "Notes about me" dos Nirvana




terça-feira, março 15, 2011

domingo, fevereiro 20, 2011

Poema dirigido a Salazar - vale a pena ler













"Nunca precisámos de outra coisa!" FOI FEITO EM 1934.

Conta-se que este poema foi dirigido ao Ministro da Agricultura do governo de Salazar, como forma de pedir adubos. Por mais estranho que pareça, o senhor que o escreveu não foi preso e Salazar até se fartou de rir (??!!!) quando o leu:



- E X P O S I Ç Ã O -


Porque julgamos digna de registo

a nossa exposição, senhor Ministro,

erguemos até vós, humildemente,

uma toada uníssona e plangente

em que evitámos o menor deslize

e em que damos razão da nossa crise.


Senhor: Em vão, esta província inteira,

desmoita, lavra, atalha a sementeira,

suando até à fralda da camisa.

Falta a matéria orgânica precisa

na terra, que é delgada e sempre fraca!

- A matéria, em questão, chama-se caca.


Precisamos de merda, senhor Soisa!...

E nunca precisámos de outra coisa.


Se os membros desse ilustre ministério

querem tomar o nosso caso a sério,

se é nobre o sentimento que os anima,

mandem cagar-nos toda a gente em cima

dos maninhos torrões de cada herdade.

E mijem-nos, também, por caridade!


O senhor Oliveira Salazar

quando tiver vontade de cagar

venha até nós solícito, calado,

busque um terreno que estiver lavrado,

deite as calças abaixo com sossego,

ajeite o cú bem apontado ao rego,

e... como Presidente do Conselho,

queira espremer-se até ficar vermelho!


A Nação confiou-lhe os seus destinos?...

Então, comprima, aperte os intestinos;

se lhe escapar um traque, não se importe,

... quem sabe se o cheirá-lo nos dá sorte?

Quantos porão as suas esperanças

n'um traque do Ministro das Finanças?...

E quem vier aflito, sem recursos,

Já não distingue os traques dos discursos.


Não precisa falar! Tenha a certeza

que a nossa maior fonte de riqueza,

desde as grandes herdades às courelas,

provém da merda que juntarmos n'elas.


Precisamos de merda, senhor Soisa!...

E nunca precisámos de outra coisa.


Adubos de potassa?... Cal?... Azote?...

Tragam-nos merda pura, do bispote!

E todos os penicos portugueses

durante, pelo menos uns seis meses,

sobre o montado, sobre a terra campa,

continuamente nos despejem trampa!


Terras alentejanas, terras nuas;

desespero de arados e charruas,

quem as compra ou arrenda ou quem as herda s

ente a paixão nostálgica da merda...


Precisamos de merda, senhor Soisa!...

E nunca precisámos de outra coisa.


Ah!... Merda grossa e fina! Merda boa

das inúteis retretes de Lisboa!...

Como é triste saber que todos vós

Andais cagando sem pensar em nós!


Se querem fomentar a agricultura

mandem vir muita gente com soltura.

Nós daremos o trigo em larga escala,

pois até nos faz conta a merda rala.


Venham todas as merdas à vontade,

não faremos questão da qualidade.

Formas normais ou formas esquisitas!

E, desde o cagalhão às caganitas,

desde a pequena poia à grande bosta,

de tudo o que vier, a gente gosta.


Precisamos de merda, senhor Soisa!...

E nunca precisámos de outra coisa.



Pela Junta Corporativa dos Sindicatos Reunidos, do Norte, Centro e Sul do Alentejo


Évora, 13 de Fevereiro de 1934


O Presidente,

D. Tancredo (O Lavrador)